sábado, 20 de agosto de 2016

Cinco HQs indispensáveis de Tomb Raider

Pouco tempo após se tornar sensação mundial com o sucesso do primeiro jogo, Tomb Raider invadiu outras mídias. Apesar da pequena distribuição no Brasil, diversas histórias em quadrinhos foram (e ainda são) publicadas lá fora. Eis aqui cinco das minhas favoritas.

Sua primeira aprição nas páginas de uma história em quadrinhos ocorreu em uma edição especial com a Witchblade, em 1997, mas logo em seguida Lara Croft ganhou uma publicação própria. Entre 1999 e 2005, as HQs de Tomb Raider tiveram seus altos e baixos, como todas as outras facetas da franquia. Algumas das histórias se destacam, porém, e sempre agradam quando revisitadas.

Usando a premissa do reboot, a editora Dark Horse passou a publicar histórias novas a partir de 2014. Até o momento, é seguro dizer que nenhuma das histórias atingiu o mesmo patamar estabelecido pela Top Cow, mas ainda tenho esperanças de que isso possa acontecer...

Chasing Shangri-la
Escrita por Dan Jurgens e ilustrada por Billy Tan. Lara Croft e Chase Carver – de acordo com Lara, o único saqueador de tumbas no mundo equiparável a ela – roubam um helicóptero para chegar até Shangri-la. Perto do seu destino final, uma perseguição aérea força Lara a se ejetar e derrubar o outro helicóptero antes de esquiar montanha abaixo até encontrar os portões da cidade esquecida pelo tempo. Um clássico instantâneo, apesar do final ser um pouco anticlimático.

Endgame
Escrita por John Ney Rieber e ilustrada por Michael Turner (in memoriam). Lara Croft vive revirando segredos perdidos do passado, então nada mais plausível que em algum momento as coisas dariam errado – e numa caverna subterrânea, abaixo de Nova York, ela se vê possuída por uma entidade tão antiga quanto a própria Witchblade, de sua amiga Sara Pezzini. Tentando retomar o controle sobre o próprio corpo, a solução que Lara encontra envolve o sacrifício máximo...

Inner Demons
Escrita por James Bonny e ilustrada por Michael Choi. Essa é uma das últimas histórias (edição #45), mas é uma das mais intrigantes. A forma como entrelaça a temática de equilíbrio entre bem e mal com a trajetória de Croft é sensacional, e até ajuda a delinear o perfil de Lara nos jogos – em uma das biografias, era dito que seu único medo era o cão de sua tia, e nessa história foi a conquista deste medo que criou a obsessão pelo perigo, para se sentir viva. Genial.

The Medusa Mask
Escrita por Dan Jurgens e ilustrada por Andy Park. O pontapé inicial conta com algumas leves alterações na biografia de Lara, além de introduzir Hartford Compton como mordomo/assistente e também o supracitado Chase Carver. Ao longo dos quatro capítulos, são várias reviravoltas e viagens ao redor do mundo, com uma conclusão satisfatória – apesar do aparente abandono do artefato...

Menções honrosas: Angel of Darkness; edição #½; Epiphany.
Vendetta
Escrita e ilustrada por Michael Turner (in memoriam). A primeira aparição de Lara Croft nas páginas da Top Cow também foi a mais impactante, em minha opinião. Ela chega derrubando uma porta, disparando duas submetralhadoras contra um demônio enquanto faz saltos com piruetas para se esquivar das investidas do inimigo – exatamente como os jogos da época. A história tem um grande foco na parte policial, afinal temos Sara Pezzini, mas como um todo ela fecha muito bem com as duas personagens. E como um bônus extra, em determinado momento Lara veste sua clássica roupa de mergulho da Sola (de TR2)! Impecável.