sábado, 3 de novembro de 2012

Sobre os filmes

3. Você gosta dos filmes? Por quê?
Certa vez me definiram como "fanboy facilmente impressionável", e, mesmo que eu quisesse negar essa declaração, eu não teria como. Portanto, a resposta para a pergunta do dia não pode ser outra além de um sonoro sim!

Eu entendo o motivo pelo qual o público em geral possa torcer o nariz para a ideia. Convenhamos que dentre todas as adaptações cinematográficas de videogames, pouquíssimas empolgam. Na verdade, em sua grande maioria são fracas por se distanciarem demais do material de origem, mesmo quando estão  repletos de referências; tomando um exemplo atual como base, tome Resident Evil. Se for capaz, assista até o final esta cena do quarto filme, uma terrível adaptação desta cena do quinto jogo.

Mas enfim, vamos relevar e voltar para o ponto em questão. O propósito, assim como o público alvo, da indústria dos filmes é diferente da de videogames, portanto mudanças seriam necessárias, sim. E em minha opinião, o universo criado pelos dois filmes de Tomb Raider não deixa a desejar. A diversão descomprometida está ali, e apesar do personagem ter origens e relacionamentos diferentes daqueles vistos em seu universo original, não vejo dificuldade em identificar Lara Croft.

Indo além, devo dizer que prefiro o segundo filme ao primeiro. Lara Croft: Tomb Raider tinha boas ideias, toda a conspiração dos Illuminati, os poderes do Triângulo da Luz, a civilização perdida que poderia facilmente ser conectada à nossa conhecida Atlântida... Pensando bem, provavelmente teria acontecido desta forma, se o filme fosse produzido durante o ciclo de desenvolvimento da trilogia da Crystal Dynamics. Ao mesmo tempo que o resultado poderia ser ruim, também poderia ser muito bom e aproximaria os dois universos. 

The Cradle of Life é um pouco mais desconexo nesse aspecto, pois possui várias trocas de ambiente em curtos espaços de tempo, mas as cenas de ação empolgam mais. Ignore o soco no tubarão, uma cena que infelizmente será caçoada até o fim dos tempos, e foque nas demais. A conquista do Orbe no Templo Luna bate praticamente todo o primeiro filme; a inclusão de ambientes urbanos e tecnológicos pode parecer fora de lugar, mas os jogos já faziam isso também. E para encerrar, a aventura se desenrola em busca da Caixa de Pandora. Me parece um ótimo pano de fundo.

Finalizando, eu não sou uma pessoa com muita paciência para filmes, talvez só por isso sou capaz de desfrutar das duas horas que cada filme oferece sem me frustrar com suas superficialidades. Isso, ou o fato de que eu certamente me satisfaço com pouco. E não me incomodo com isso.