segunda-feira, 27 de abril de 2015

Impressões sobre Tomb Raider para Android

Tomb Raider Classic (Android)
Disponível para dispositivos iOS há um bom tempo, recentemente o primeiro Tomb Raider chegou ao Android e, claro, eu tinha que conferir. Tenho que dizer que existe uma sensação única em ter uma aventura dessa escala tão prontamente disponível – intervalos de almoço e momentos antes de dormir se tornam perfeitas oportunidades para rápidas partidas.

Enfim, essa postagem não visa ser uma análise da conversão ou do jogo propriamente dito. Segue a mesma linha do que apresento aqui no blog, porém: pensamentos aleatórios reunidos após o término da jornada.

Uma das novidades desse port, feito pela realtech VR, é que ele conta com localizações não existentes no lançamento original. Acredito que o Brasil já tenha se estabelecido bem nesse quesito, afinal cada vez mais jogos apresentam localização integral, embora o trabalho de dublagem ainda não receba o mesmo cuidado de filmes e desenhos animados...
De qualquer forma, não existe uma opção para alterar idiomas; acredito que esteja vinculado ao idioma da conta ou talvez do próprio dispositivo. Também não se trata de uma localização integral: as cenas animadas sequer contam com legendas, por exemplo, mas todos os menus e itens foram traduzidos. A título de curiosidade, esses são os nomes das fases:

Peru: Cavernas; Cidade de Vilcabamba; Vale Perdido; Tumba de Qualopec.
Grécia: Mosteiro São Francis; Coliseu; Palácio de Midas; A Cisterna; Tumba de Tihocan.
Egito: Cidade de Khamoon; Obelisco de Khamoon; Santuário do Scion.
Atlântida: Minas da Natla; Atlântida; A Grande Pirâmide.
Uma Tarefa Inacabada: Retorno ao Egito; Templo da Gata; Fortaleza Atlanteana; A Colméia.

E isso nos leva diretamente ao meu próximo ponto: Unfinished Business! Após tanto tempo mantido como exclusivo para computadores, agora virtualmente todo mundo pode conferir esse pacote de expansão. A inclusão desses níveis agrega ainda mais valor ao jogo, que é comercializado à um preço simbólico. Sabemos que Dagger of Xian, por enquanto somente no iOS, também acompanha sua expansão, e nos resta torcer para que Adventures of Lara Croft esteja a caminho...

Pelo que li por aí, TR1 é totalmente compatível com controles, mas a verdade é que o controle virtual não é de todo mal. Ele pode ser customizado, então você pode posicionar os botões como preferir na tela. O que me incomodou, porém, é que algumas sutis mudanças foram feitas nas mecânicas do jogo: Lara gira mais devagar e o sistema de colisão parece menos rígido, permitindo que você "corra" infinitamente contra paredes em diversas ocasiões.
Os níveis de TRUB se provam bastante desafiadores pela quantidade de inimigos. Eu tive problemas em alguns dos combates pois não conseguia saltar e atirar ao mesmo tempo, mas, graças a um antigo vício de salvar o jogo com bastante frequência, encerrei tanto o jogo como a expansão usando somente as pistolas (e muitos kits médicos...).

Falando em salvar o jogo, vale ressaltar que o jogo tem apenas três slots de salvamento, com um quarto reservado para saves automáticos, que é substituído no início de uma nova fase ou quando o aplicativo é minimizado. Esse número é compartilhado entre as duas versões, aliás, então, quando jogar TRUB, seu progresso em TR1 será sobrescrito.

O outro grande chamariz do jogo são as novas texturas, que realmente trazem um ar novo ao jogo. Apenas as fases no Peru e na Grécia, e mais Natla's Mines, contam com esse recurso (que, aparentemente, não pode ser desativado), o que é uma pena, mas as texturas do Egito e demais níveis de Atlântida foram retocadas levemente. TRUB permanece intocado.

O jogo roda num formato widescreen legítimo, com sutis modernizações no HUD, como novas barras de ar e vida. É de conhecimento popular que eu me satisfaço com pouco e sou facilmente impressionável, mas o jogo realmente fica muito bonito no celular. As capturas de tela que fiz, que podem ser conferidas na resolução original na galeria que abre esta postagem, entretanto, talvez não transpareçam essa impressão.
Infelizmente, alguns problemas estão presentes. O arquivo da fase Colosseum deve ter se corrompido, pois algumas texturas estão bugadas. A tela de estatísticas nem sempre surge ao final das fases, o que é uma pena pois essas informações não podem ser conferidas de outro modo. E, por fim, na Atlantean Stronghold o aplicativo se encerrava sozinho durante o mergulho para dentro da fortaleza. No caso desse último, encerrar o aplicativo e reiniciá-lo resolveu o problema.

Em contrapartida, curiosamente, essa versão corrige um bug que assombrava jogadores há tempos: o último segredo do jogo agora registra corretamente! Quando adquiri meu celular (um Motorola Moto G), lembro que fiquei decepcionado ao descobrir que não poderia rodar Guardian of Light nele, mas ter TR1 e TRUB a qualquer momento certamente me deixou feliz. Como eu disse, intervalos de almoço nunca mais serão os mesmos... E que venha TR2!

Tomb Raider Classic
BRL 3,86 | 320 MB
Lançamento: 01/04/2015

Google Play | App Store (iOS)