quinta-feira, 5 de abril de 2018

Legend

Eu costumo dizer que Legend reviveu um amor perdido, e isso é fato, mas nem mesmo eu sou capaz de defender as suas versões para GameBoy Advance e/ou Nintendo DS. Ainda assim, dedicarei uma postagem para cada versão do jogo nessa mini-maratona, a começar pela de GBA.

De início, Legend sequer seria lançado para qualquer plataforma Nintendo. Não sei exatamente o quê causou a mudança no cronograma, mas, alguns meses depois do lançamento inicial em todas outras plataformas, a Eidos anunciou que o jogo seria portado para o GameCube, acompanhado de versões portáteis desenvolvidas pela HumanSoft, um pequeno estúdio americano.

A história do jogo você já conhece, e, na verdade, é válido dizer que é necessário ter jogado qualquer outra versão antes. Aqui, ela se desenrola em breves sequências de histórias em quadrinhos, mas uma quantidade absurda de contexto está ausente.

O jogo retorna ao formato de progressão lateral, com uma série de áreas minúsculas que tentam simular os mesmo ambientes da versão principal. Você até consegue reconhecer alguns dos elementos após a adaptação, mas honestamente o jogo só tem valor como item de coleção.

Os gráficos são enfadonhos, difíceis de ler e de definir com o quê (e como) Lara pode interagir, o sistema de combate é risível — chamá-lo de "sistema" chega a ser exagero —, e a dinâmica entre controles e animações faz com que Angel of Darkness pareça uma legítima obra-prima. 

Chega a ser lamentável considerar que, quatro anos antes, o excelente Prophecy havia sido lançado na exata mesma plataforma e oferecia uma experiência infinitamente superior. Pior ainda é considerar o aparente descaso com fãs da Nintendo ao permitir que esses jogos chegassem ao mercado...

Resumindo: fique longe. Bem longe.